A Câmara de Aveiro ainda não tomou a decisão final sobre o futuro dos transportes públicos.

A integração da MoveAveiro na estrutura municipal, ou a concessão, são duas vias possíveis.

Ribau Esteves diz que está para breve a decisão final e admite que o esforço de investimento em autocarros "pesa" numa Câmara que está em sérias dificuldades financeiras. A garantia é de que qualquer que seja o desfecho quer "um serviço de qualidade".

"Discordamos do acordo que a Câmara tem com a TRANSDEV", referiu, em entrevista à Terra Nova, o Presidente da Câmara aveirense. "Esse acordo terminará e a TRANSDEV sabe disso, porque já lhes disse". A eventual concessão "terá concurso público internacional. Numa primeira fase qualificaremos as empresas concorrentes, faremos uma triagem rigorosa. A perspectiva é somar os transportes rodoviários com os marítimos. O estacionamento à superfície terá gestão do município. A nossa operação será comercialmente interessante", sublinhou.

"Precisamos de investimento porque a frota está velha e é curta", reforçando que nos próximos anos "os investimentos da Câmara terão de estar centrados no essencial". "Temos empresas que investem em autocarros. Eu investirei em estradas, escolas e cultura, terá de ser assim. Terei alguma capacidade de investimento mas, com esse dinheiro, vou comprar autocarros?", questionou Ribau Esteves.